domingo, 28 de novembro de 2010

RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO...

Sobre tudo que está acontecendo no Rio de Janeiro, tenho apenas uma coisa a dizer:
espero e rezo para que haja um plano!


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SOBRE SER MÉDICO

Hoje, não poderia deixar de falar sobre minha alegria, orgulho e honra em ser médica, então aqui vai o texto que escrevi hoje pela manhã.

Meus Caros,

Hoje comemoramos o Dia do Médico!

Quero parabenizar a todos os colegas que exercem a nossa Medicina de forma dedicada e focada nos seus pacientes. Que atendem de forma empática, solidária, humana e que não se afastam dos princípios inscritos no nosso juramento - o de Hipócrates!

Parabenizo aos que trabalham fazendo bem o seu trabalho não apenas de forma ética-técnica, mas administrativamente também. Confraternizo-me com os que se preocupam em registrar adequadamente seus atos, procedimentos e prescrições, posto que estes têm em mente a justa importância dos registros médicos para a produção da informação, que muitas vezes salva mais que um moderníssimo medicamento, instrumento, ou técnica. Em Medicina como em qualquer ciência, a informação é tudo! A qualidade da assistência que outros colegas e/ou membros da equipe multidisciplinar irão prestar depende de tais registros. A vida dos nossos pacientes podem depender disto... Algumas vezes a nossa própria vida depende disto. A justa defesa do médico tem nos seus registros, o seu mais forte pilar. Parabenizo os colegas que, em observância ao que nos recomenda o nosso Código de Ética preenchem de forma digna os seus prontuários!

Alegro-me com os que atendem os seus pacientes e os dos que faltam, se atrasam, sem nenhuma justificativa aceitável, algumas vezes sem nenhuma justificativa seja ela aceitável ou não. Os Médicos, com "M" maiúsculo, cobrem as faltas - as de presença e as técnicas - dos colegas, sem nunca as encobri-las e rezam para que sejam tocados pela sagrada missão de ser Médico.
Os Médicos põem acima do seu cansaço, da sua insatisfação com os negligentes, da sua insatisfação com seus honorários, com suas lideranças e mesmo acima de si e de seus compromissos pessoais, a vida dos seus pacientes! A singela vida dos que têm câncer, a fluida vida dos que vindo de longe do interior baiano, buscam alguma esperança - uma salvação. Parabéns colegas!

Levanto-me para aplaudir os colegas que apesar de tudo, crêem no Sistema Único de Saúde e lutam pela sua plena implantação, mesmo quando dele não fazem parte e trabalham apenas na rede privada.

Festejo junto aos bons! Os outros não merecem ser chamados de médicos, porque não é dado ao médico não ser bom. Qualquer um que tenha carregado em suas mãos e mentes a dura necessidade de decidir sobre a vida de alguém sabe que não temos o direito de sermos menos que bons. Bons em tudo! Bons tecnicamente, bons emocionalmente, bons espiritualmente, bons moralmente. Um exemplo no exercício da nossa Medicina, Dr Edson Cardoso, me diria neste momento: "Os outros, minha filha, são apenas comerciantes!

Levanto-me e aplaudo com toda a minha energia os que crêem. Os que crêem na Força Superior que nos guia e nos observa... Sem nada dizer, nos observa e generosamente nos prepara um lugar ao seu lado, e generosamente nos tenta mostrar o caminho do Bem. Que Deus continue guiando os médicos. Os que crêem e muito mais aos que não!
Com orgulho e honra de ser médica,

Drª Valéria Barreto Peruna
Salvador, 18 de outubro de 2010.

domingo, 4 de julho de 2010

DOIS DE JULHO

Não é que o Brasil foi eliminado?!

Terminado o jogo, fiquei pensando se aquela dor profunda iria tomar conta de mim, com um medo danado de que sim. Que nada! Levantei do sofá enxugando as lágrimas de ver Júlio César - nosso goleirão - chorando e fui cuidar da vida.

A caminho do shopping, minha tia se surpreendia: "Parece que ninguém está tão abalado assim, não. Não é?". É. Ninguém está tão doído como antes ficava diante de uma derrota na Copa. É que o Brasil tem alcançado outras vitórias. Reduzimos um pouquinho a miséria, temos menos gente passando fome, o governo é democrático, há uma certa estabilidade econômica, o país conseguiu inserir seus assuntos na agenda internacional, é mais reconhecido... Aquele "ópio" já não nos é tão necessário como antes! Parece que nos apercebemos de que hoje temos mais que apenas futebol. Então é verdade que não sofremos tanto assim com a volta antecipada para casa. Não! Estamos bem! Temos outras vitórias para comemorar.

Um contexto mais favorável, parece que nos descolou um pouco da necessidade de sermos os melhores do mundo no futebol. E, no futebol, os melhores do mundo são muitos agora. E o Brasil pode começar a realizar o sonho de ser o melhor do mundo, também, em outras coisas. Na prospecção e extração de petróleo em águas profundas por exemplo, em voleibol, iatismo, natação, imunização em massa, política de combate à AIDS e mais outras tantas coisas, nas quais avançamos em que pese os descaminhos dos governos...

Quando visitei o Banco Mundial, BIRD e alguns dos nossos maiores credores da época, todos tinham brasileiros nas suas estruturas de comando. Somos uma gente brilhante e estamos criando uma outra amálgama que parece estar nos ligando e nos dando senso de Nação além do futebol. Não que deseje que o futebol deixe de ser uma paixão que nos une e torna baianos, paulistas, cariocas, potiguás, riograndenses, amazonenses, todos de norte a sul e leste a oeste apenas brasileiros, igualmente brasileiros, mas esta certeza, que a Copa nos dá, de sermos um só povo, pode e deve ser motivada por muito mais que futebol.

Tantas outras razões há que nos façam sentir orgulho e força. Nós precisamos começar a ver e crer que o Brasil não é o país do futebol. O Brasil é o país de múltiplas possibilidades, as quais ele parece, finalmente, estar explorando e dominando. O Brasil é um país, também, de outras e tantas razões para nos orgulharmos, vibrarmos e nos emocionarmos e sendo assim, é verdade tia: a dor desta pequena derrota foi mesmo menor este ano!

Viva em nós, de novo e sempre, a força e o orgulho do Dois de Julho! A força e a grandeza de uma gente maior que futebol, samba e paisagens! Viva o espírito do Dois de Julho! Que seja esta a nova amálgama que nos une e nos torna - a todos - brasileiros!



segunda-feira, 28 de junho de 2010

ANIVERSÁRIO

"A vida é tão rara", então comemoremos!

Ontem fiz 45 anos e tanta coisa já não é mais, nem mesmo parecida, com o que já foi... Fiquei trinta quilos mais gorda, centenas de fios brancos mais clara, umas boas dúzias de rugas mais encolhida. Agora as costas doem, as pernas doem, os joelhos não me deixam mais correr e cortar as unhas dos pés está se tornando uma tortura. As chances de arranjar um namorado bom e homem ao mesmo tempo se reduziram a parcos 20%. De minha adolescência para cá, os homens da minha idade ficaram meio perdidos, meio malucos, meio sem saber para que servem e passaram a namorar as adolescentes, que como eles, ainda não sabem bem quem são, nem para onde vão e por isso, inclusive, namoram com eles, ou seja: me tornei, quase que irremediavelmente, uma tia. Tão diferente da juventude quando chovia rapazes bonitos e simpáticos...

A alma, no entanto, segue mais serena, a tolerância um tantão aumentada, a paciência... Bom! A paciência diminuiu um pouco para umas coisas e aumentou para outras tantas. O tempo dedicado a coisas sem importância diminuiu muito e aumentou exponencialmente para coisas importantíssimas como "ver a grama crescer", ou olhar para minha filha. Apareceu um certo gosto por estar só. Ficou confortável e necessário estar só por uns momentos.

Consegui entender, finalmente, o chavão "nem tudo é completamente bom ou ruim": umas baforadas de charuto depois de um jantar excepcionalmente bom com alguém excepcionalmente agradável pode ser tudo de bom. Fumar regularmente é tudo de ruim. Líderes bonzinhos são péssimos, quando tudo que se precisa é de um bom e sonoro murro na mesa. Líderes cruéis são bons para fortalecer nosso caráter ou para nos "encorajar" a buscar lugar melhor. Nem sempre estar certo é bom, às vezes o bom é estar em dúvida. E com estes anos todos sustentados por uma frágil coluna e um velho espírito, eu duvido das certezas da minha adolescência.

Já não odeio os americanos, nem amo tanto os europeus. Não acho mais que a baiana é a mais linda das mulheres, mas continuo crendo que a Bahia é tudo! Inclusive uma nação viva dentro de outra, a brasileira. Continuo me emocionando, às lágrimas, com a execução do Hino Nacional e achando que todo brasileiro que encontro fora do país é uma aparição e é meu irmão. Continuo amando e acreditando no Brasil.

Sapatos, agora, só se forem confortáveis, portanto caros! Exceção para as Havaianas. Sair, só se for para ser bom, me divertir muito, rir muito, me alegrar muito, não para cumprir um ritual que diz que todo final de semana deve ser badalado.  Sexo, idem! Roupas só as que possam durar mais de cinco anos e acomodar confortavelmente os trinta quilos a mais. O que significa dizer caras!

Amigos só os que não me encham o saco com datas, eventos, casamentos, formaturas ou batizados, mas que tenham segurança da minha presença nos momentos cruciais. Descobri com o passar do tempo o valor de uma boa rede de amizade. Continuo, no entanto, tendo poucos amigos.

E tomei conta de três lições fundamentais: consciência do que se faz é metade da mudança para um jeito de fazer melhor, coerência é a chave para criar filhos e liderar pessoas e exigência excessiva é a forma mais dolorosa para se matar o que de puro, original e criativo há em alguém.

Eis que envelheço...

sábado, 26 de junho de 2010

TUDO NOVO DE NOVO!

Amanhã é meu aniversário!
É o fim do inferno astral.
Enfim terminou e vem aí um ano novinho em folha para eu aproveitar!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

BATENDO ASAS


A menininha dos olhos de céu está voando seu primeiro voo solo! Estados Unidos sozinha, com uma turma da escola e um mundo de outros adolescentes desconhecidos... Virgem Santa! Outro dia era só uma menininha mesmo e agora voa para o outro hemisfério sozinha. Eu que me prepare, porque preparei a "menininha" para ser dona do seu nariz e sempre criar para si a possibilidade de voar só... Se precisar, se desejar! Então, melhor me preparar, porque a "síndrome do ninho vazio" se aproxima... Que ela me seja leve!

EM SÃO PAULO, NEM TUDO É PEDRA...

Fui a São Paulo fazer uma consulta médica. O médico não foi como se a distância entre seu consultório e minha casa fosse de umas poucas ruas. Acho que eu é que devia ter examinado este médico, porque dentre nós o mais doente é ele! Só mais um banana comprovando que os homens estão adotando um novo modo de ser homem, que é uma coisa assim meio frouxa, sem segurança, sem firmeza, sem saber bem o que são, o que querem e para onde vão... Este é outro assunto porém.

São Paulo, no entanto, continua me emocionando. Eu amo estar nesta cidade tão maluca, de gente maluca, exótica, diferente e tão igual ao mundo todo... Uma cidade cheia de tudo do mundo todo!

Aqui estão duas "vistas": uma do vigésimo quarto andar do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e outra da arquibancada de leitura da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, uma coisa monumental, que só cabe mesmo em São Paulo. Livros, livros e livros... "E deixem que digam, que pensem, que falem!" Viva São Paulo!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

SALVE SANTO ANTONIO!

Que Santo Antonio não permita, que as festas de junho se transformem em carnaval, como querem os "empresários" do "entretenimento baiano" - na verdade uma gente imbecil e gananciosa, que achou no carnaval pasteurizado, do qual a Bahia tem sido vítima, seu único meio de ganhar dinheiro. Não permita Santo Antonio, que a estupidez dos homens acabe com as tradições da nossa terra, nem que a falta de referências da juventude a encaminhe para a massa disforme em que esta gente que nada sabe e tudo tem podido, deseja vê-la. Rogai por nós, Antonio, a Deus e a todas as almas sensíveis e inteligentes que o cercam: Luís Gonzaga, Milton Santos e outros.
Eu que ainda ando por aqui, sigo tentando fazer a minha parte e a trezena deste ano foi muito mais parecida com as que a nossa gente em toda a nossa Bahia fazia, quando nem tudo era carnaval!

domingo, 6 de junho de 2010

JUNHO


Junho, e o inferno astral começa!
Dia 27, finalmente, termina e começa um novo ano com todas as suas possibilidades. Está na hora mesmo. Estou meio cansada de quebrar os meus tantos blocos de pedra. Um pouco de sonho, por favor, Sr Ano Novo! É! Um pouco de sonho, de amor, de tranquilidade, de vida prosaica, um pouco do "doce nada fazer", um pouco de maré mansa, de águas calmas, um pouco de nenhum sobressalto. Assim estará bom. Tomara que chegue logo o dia 27 de Junho!

domingo, 30 de maio de 2010

SONHO DE PEDRA


Meu sonho é me tornar pedra e sonhar em ser livre...
Quando eu for livre, meu sonho será, finalmente, me deixar governar!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

GRIPE


Ficar doente é muito chato, mas é um sinal...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PEDRA, PEDRA, PEDRA


Quebrar pedra. Esta tem sido a minha tarefa de todos os dias!
Eu estou morta de cansada!
Eu estou muito cansada!
Eu quero descansar.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

MARY AND MAX

Hoje fui assistir Mary e Max no Cinema XIV. É verdade! Tenho saído sozinha, principalmente para ir ao cinema. Depois de Celso comecei a gostar de sair... E sem Celso estes programinhas perdem um pouco a graça, mas vamos ao filme!

É uma animação para adultos e trata a solidão da forma como ela é, com muito chocolate e muitos quilos a mais. Com as garrafas de bebida, dias vazios de razão e longas horas de olhares pela janela, mas como se fôsse apenas assim, seria duro demais, reflete sobre a solidão com personagens de massinha... Esta sutil diferença é que - talvez - nos permita assistir sem chorar... Sem doer demais!

O filme é delicado, verdadeiro e bem feito. Feito em cores de solidão. Acho que a direção de arte e fotografia mandaram bem o recado! Vão e vejam.

Um pouquinho de Mary and Max

quinta-feira, 6 de maio de 2010

UMA PAUSA!

Cansei de fazer terapia! Tem acontecido tanta coisa... E tudo tem me obrigado a refletir tanto! Então quero aproveitar estas novas possibilidades de relação de mim comigo mesma kkkkkk. Vou fazer uma pausa e juntar meus pedaços... Terapia agora não! Talvez mais tarde.

Pronto. E fui pensar na vida.

Inté!


NOSSA FINITUDE

Tenho pensado sobre a vida de minha mãe e minhas tias. E como vê-las envelhecer tem me afetado.

Tenho pensado sobre um fenômeno novo para nós no Brasil: o envelhecimento de nossos pais e seu sofrimento por doenças que antes nem mesmo conhecíamos.

Lembra que há, apenas, uns 20 anos atrás, as pessoas morriam com uns 60, 65 anos de infarto fulminante ou AVC e todo mundo achava normal? Pois eu nem me lembro mais. Agora normal é viver uns 75-80 anos e indo a bailes da "terceira idade" e caminhadas na praia. Parece que já estou acostumada a esta nova realidade e me custa lembrar daqueles tempos de viva curta.

Pois é! O que me assombra neste aumento da longevidade, é o fato de que passamos a presenciar as mudanças determinadas pelo tempo na vida de quem amamos e as perdas que vão desde a cognição até a força física. É como se de uma década para outra, passássemos a ser obrigados a conviver com uma nova dor: a de termos de vivenciar o crescente "não poder" dos nossos pais, tios, idosos da família e seus amigos.

É uma dor nova e estranha, ver minha mãe não poder mais andar mais rápido que eu, que desde sempre fui meio mole para andar, ou vê-la se recusar a fazer coisas que adorava como compras no mercado com a justificativa de que está cansada. É tão difícil ver que ela agora - muitas vezes - delega o comando da sua cozinha à empregada e que já não me ouve chamar "maiiiiiinhaaaa!". Pior: é duro ver que ela já não mais se lembra bem das coisas e faz - vez por outra - confusões incríveis!

Parece uma sessão de tortura ter que assistir impotente a nossos pais e parentes deixarando de ser como sempre foram. Para mim é terrível, porque as mulheres da minha família são incrivelmente ativas... E estão deixando de ser assim. É como se estivessem indo embora aos poucos... Bem aos pouquinhos.

E tudo isso nos põe diante de uma experiência ainda mais nova: a nossa própria finitude. Olhamos para eles e nos vemos. Olhamos e vemos o que nos irá acontecer logo, logo. E só Deus sabe se com a sorte de nos acontecer de findarmos com saúde. A saúde que nossos pais têm, que nos parecem ter ou tinham.

O envelhecimento no Brasil é um fenômeno complexo, novo e desconcertante para uma sociedade tão recente, tão inexperiente, tão sem saber o valor do velho. Uma sociedade que nunca foi velha e agora se posta diante de bailes, padarias, bancos, aviões e mundos cheios de idosos... Cheios do que será futuro!

Enquanto isso, os antropólogos e sociólogos brasileiros estudam em teses inintelegíveis "A influência da dança da tribo de índios tupipiriris na transversalidade cultural da produção artística da sociedade tribal Angolana residente no Brasil do século XVII".

Ou seja meu velho, minha velha... Só rindo! E que Milton Santos nos socorra lá do céu!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O SECREDO DOS TEUS OLHOS

Hoje fui assistir O Segredo dos seus olhos, filme argentino, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. É lindo e bem feito. As cenas mais lindas e intensas, para mim, são as que os olhos dele falam com ela. Gostei muito, também, das cenas com o marido da moça que foi morta.

Ricardo Darín é todo interpretação e sentimento... Soledad Villamil é dona de olhos maravilhosos. É uma mulher extremamente viva e rica internamente como um vulcão pronto a entrar em erupção, mas se cala sobre o que sente por quase todo o filme. Guillermo Francella é uma pândega cheio de humor, sabedoria e uma interpretação leve, suave. Gostei demais. Acho que é algo que vale a pena ser visto.

Dá um tanto de calor à alma feminina... Aquece a alma e dá esperanças a vidas vazias de amor, mas não consegue espantar a solidão!

Eis uma estória bem contada...

Ricardo Darín

sábado, 1 de maio de 2010

Paciência

Paciência... Nem que seja fingida... E um dia ela estará em mim. Um dia ela estará em nós... Ela será nós!
Ouça esta obra prima eterna e paciente que Lenine nos deu com a generosidade dos artistas e se deleite com a calma, a que este som nos remete.


Pois é
(Chico Buarque)

Pois é
Fica o dito e redito por não dito
E é difícil dizer que ainda é bonito
Cantar o que me restou de ti

Daí, nosso mais-que-perfeito está desfeito
E o que me parecia tão direito
Caiu desse jeito sem perdão

E então
Disfarçar minha dor já não consigo
Dizer que ainda somos bons amigos
É muita mentira para mim

E enfim
Hoje na solidão ainda custo a entender
Como o amor foi tão injusto
Pra quem só lhe foi dedicação

Pois é, então...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

DOR. E NÃO É FEITA DE SONHO. É DE PEDRA

A tristeza tomou conta de mim.
A tristeza tomou conta do meu coração.
E parece que não vai passar nunca, mesmo sabendo que vai!
Era uma vez um amor!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

DIANTE DE MIM

Algo de pedra...

Estes dias, olhando para mim, vi a mim como eu sou... Na verdade me vi nos olhos de outras pessoas. Fui diante da confraria de mulheres, em que cada uma pode se expor - se quiser - a fim de encontrar soluções boas para problemas velhos, mas que continuam a nos afligir: filhos, homens, TPM, um corpo que nunca é o que queremos, e me vi como eu sou... Acho que foi o contrário: porque me vi como sou, resolvi me apresentar à confraria. "Meninas, eu sou assim. Vejam! Esta sou eu

domingo, 25 de abril de 2010

ARTES PLÁSTICAS SOB A ÓTICA DE UMA IGNORANTE

Fui visitar algumas exposições de artes plásticas...

Primeira, uma homenagem a Mário Cravo Neto no Palacete das Artes. Linda! Gostei muito. Gostei muito mais das pessoas que desfilavam por lá. Que gente diferente!

Depois fui a uma de uns artistas alemães ou suissos, não sei, na Galeria Prova do Artista. Gostei, mas nem tanto. Achei bacana as esculturas em papelão em duas dimensões. Intrigantes! A mesma gente diferente estava lá. Estas pessoas se repetem como arroz de festa!

Por fim fui ver na Galeria Paulo Darzé, a exposição de Caetano Dias. Dessa sim gostei muito. Havia uma instalação... E instalação, vocês que como eu são ignorantes em artes plásticas, sabem: é uma loucura. A de Caetano, não. Era inquietante, criativa, linda, simples e intelegível! Gostei. Senti-me como parte daquele diálogo... Houve um diálogo. E nesta, aquela gente diferente estava diferente: mais arrumada, mais produzida e parecia menos voraz, menos aparecida. Havia um outro tipo de gente também. A gente que compra arte. O que não quer dizer que entendam o que compram, mas deu um certo ar de negócio ao ambiente e certamente o perfume era de muito melhor qualidade. Para atendê-los, o serviço de bar foi bem mais farto e a imprensa convidada, apareceu.

Tem tanta coisa esquisita nas artes plásticas... Por exemplo, quando vejo as tais "instalações" sempre acho que eu estou sozinha e aquela coisa lá, quase que ameaçadora, nada me diz! Acho que os artistas plásticos ditos contemporâneos gostam de falar sozinhos. Acho que eles gostam mesmo é de falar e não de pintar, esculpir...

segunda-feira, 1 de março de 2010

VINTE E QUATRO HORAS


Tão fugazes, as minhas 24 horas, às quais tenho tido direito, foram especialmente bem vividas desta última vez! Foram muito bem vividas mesmo e fim... Acabaram como todas as outras.

Ah... A impermanência das relações... Com que velocidade tudo tem se dado! Por que temos corrido tanto? E por que reproduzimos a mesma pressa nas nossas relações? Ninguém fala mais em "paquera". Virgem Maria! Parece uma palavra tão antiga! Moderno mesmo é o amor. Talvez seja tudo o que nos salvará de nós mesmos!

"... Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência..."

Lenine sabe das coisas...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

UM TEMPO SEM PAIXÃO?

Eu pensei que a paixão pudesse, com o tempo, ir deixando nossas vidas em paz. Não pode. Ela precisa estar presente em tudo, para que tudo possa ser feito com um mínimo de bom senso!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

PELO QUE EU TENHO DE DOM QUIXOTE

O mundo de pedra foi construído por homens que acreditavam nos homens que o construiam com sonhos.