terça-feira, 8 de março de 2011

CARNAVAL? QUE CARNAVAL?

O Carnaval de Salvador foi morto por um processo burro de mercantilização. Os "intelectuais" e "defensores" da cultura baiana assistiram calados. Agora, ouço junto aos estertores finais da grande festa, uns batuques de resistência aqui e ali. Vão aumentar. Rezo para que aumentem e tomem o nosso Carnaval de volta. Já somos 63% dos soteropolitanos fora do lixo industrial deste pseudocarnaval! Viajamos, ficamos lendo em casa e esgotando as prateleiras das videolocadoras.

Em nome da "profissionalização" matou-se a criatividade e espontaneidade que eram o próprio Carnaval. Como foi que conseguiram engarrafar e vender tais coisas? Como conseguiram aprisionar entre cordas e camarotes o que era, apenas por que era livre?

E nós? Por que não saimos e invadimos as ruas com nossas charangas, blocos de amigos, colegas, vizinhos? Por que não tomamos "a rua" de volta. Por que estamos nos deixando ficar entre dois ou tres circuitos? Quem disse que o Carnaval tem limites geográficos? Por que não invadimos as ruas com nossas fantasias, cada um com a sua?

Mataram o Carnaval da "cidade da Bahia" e nós assistimos cordatos aos "profissionais" nos ditarem as regras para o que não as tem, criando um carnaval que não há, que nasce de coisa nenhuma e que muito bem se pode encontrar em prateleiras de supermercados.

Pois que se danem todos os "profissionais" das "centrais" disso e daquilo, "reinos" e "mixes" de nada! Ano que vem, saio de baiana, havaiana, colombina ou de mortalha e vou desfilar pelas ruas da Graça ou onde quiser, que ninguém me encurrala em circuito nenhum e nem me diz que roupa usar! Vou atrás dos visionários que, sem dinheiro, empurram seus trios sem corda.

Salve Moraes e Armandinho! E tenho dito.

DIETA 2

Ainda aqui, firme e forte, mantendo a dieta que escolhi. Perdi 10kg, ganhei umas roupas velhas de volta e estou com um certo gosto de vitória na boca! Nada mal depois de 64 dias sem todas aquelas coisas gostosa e que me fazem tão mal.

Estou feliz comigo!