segunda-feira, 14 de novembro de 2011

TUDO BEM SEM VOCÊ, MEU BEM!

A saudade está passando...

Conto as horas que gasto pensando nele como quem usa um termômetro. Meço para saber a intensidade do que ainda sinto... E já não é mais como antes.

Hoje quase não lembrei dele. Passei o dia ocupada com meus livros e a interpretação de um em especial para trabalhar no Grupo de Estudo. Que delícia! Há tantas outras coisas importantes e animadas, e interessantes, e alegres na minha vida...

Hoje quase não pensei nele. Cuidei do almoço, das roupas, da obra do apartamento novo e da leitura. A vida prosaica é tão poderosa em nos trazer de volta à normalidade!

Hoje quase não senti falta dele. Fui feliz sozinha. Fui feliz com meus amigos. Fui feliz dirigindo por aí cantando bem alto uma música alegre.

Hoje quase não falei sobre ele. Contei sobre o trabalho a meus amigos, sobre os livros que estou lendo a minha tia, sobre as novidades aos "facenautas" dentro da matrix.

Como consigo fazer assim? Como consigo deixar um homem, sua imagem, o que sentia por ele, as minhas horas de entrega, as lembranças, tudo, tudo ir se desvanecendo assim? Chego a ficar triste diante da constatação de que ele passará... De que ele está passando... De que ele quase já passou!

Foi o que escolhi fazer. Um certo senso de preservação conduziu a minha escolha. Uma certa covardia também!

sábado, 12 de novembro de 2011

SAUDADE

Eu estou morrendo de saudade...

Eu estou vivendo com saudade, esperando que a saudade passe e já cansada de esperar.

Passa saudade, passa!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

POR UM FIO

Havia um abismo...

Um homem - como uma aranha - teceu fios muito frágeis sobre o nada. Comecei a andar sobre os fios e sinto que dei meu último passo seguro por sobre o abismo. Agora estou equilibrada num fio sobre o vão. Não sei voltar e ele não me deixa seguir. Estou tentando me mover para trás, mas estou paralisada. Eu vou cair... Ou pular...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

VERDADE? QUE VERDADE?

Dizer a verdade pode ser a nossa mais sutil e refinada forma de ludibriar o outro. Os apaixonados apenas pedem para serem "enlaçados", abraçados, acolhidos, mas encontram homens e mulheres que apenas lhes dizem a verdade: não quero laços! Dizem a verdade como se acreditassem que por fazê-lo, alguma coisa mudaria, mas eles sabem e contam com o fato de que diante de um apaixonado, de nada serve a verdade.

"Você diz a verdade e a verdade é seu dom de iludir".

ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

De vez enquando, sinto que a minha felicidade está nas mãos de outra pessoa...

O que o outro faz pode me encher de alegria, e, quando é assim, começo a achar que ele, e não eu, é que me faz feliz. Entrego, sem perceber, a minha felicidade nas suas mãos.

Cada um de nós, no entanto, tem sua própria felicidade para tomar conta e às vezes ficamos meio sem mãos para cuidar da nossa e da de tantas outras pessoas que depositam em nós a responsabilidade por fazê-las felizes. Sabe como é! Aqui e ali terminamos por deixar cair alguma coisa, por esquecer de cuidar de alguém... Vez ou outra terminamos descuidando da tal felicidade que não é a nossa, aquela que nos deixaram nas mãos sem que houvêssemos pedido e findamos por magoar um aqui, outro ali. Coisa difícil esta!

Coisa difícil cuidar da nossa própria felicidade! Coisa mais difícil ainda, somar a esta tarefa diária, a de cuidar da felicidade dos outros. Parece-me injusto com quem quer que seja, depositar tamanha responsabilidade sobre suas costas sem que nos tenha autorizado. Pensar sobre isto sempre foi um bom caminho para mim e sempre me leva a por de volta a minha felicidade nas minhas mãos.

A minha felicidade mora nas minhas mãos. Eu me faço feliz! Ninguém mais. Ela não está nas mãos do homem que amo, da filha que tenho, do patrão, dos pais, nem dos amigos. Ser feliz é uma decisão minha. Só minha!

É assim que penso que podemos não cobrar tanto do outro. Não adianta cobrar de ninguém. Faça-se feliz e pode ser até, que sua felicidade se "espraie" abraçando muita gente... De graça!

Por hoje, vou ser feliz por minha própria conta, sem esperar nada de ninguém, feliz de uma felicidade artesanal. Feita por mim mesma!