Fui visitar algumas exposições de artes plásticas...
Primeira, uma homenagem a Mário Cravo Neto no Palacete das Artes. Linda! Gostei muito. Gostei muito mais das pessoas que desfilavam por lá. Que gente diferente!
Depois fui a uma de uns artistas alemães ou suissos, não sei, na Galeria Prova do Artista. Gostei, mas nem tanto. Achei bacana as esculturas em papelão em duas dimensões. Intrigantes! A mesma gente diferente estava lá. Estas pessoas se repetem como arroz de festa!
Por fim fui ver na Galeria Paulo Darzé, a exposição de Caetano Dias. Dessa sim gostei muito. Havia uma instalação... E instalação, vocês que como eu são ignorantes em artes plásticas, sabem: é uma loucura. A de Caetano, não. Era inquietante, criativa, linda, simples e intelegível! Gostei. Senti-me como parte daquele diálogo... Houve um diálogo. E nesta, aquela gente diferente estava diferente: mais arrumada, mais produzida e parecia menos voraz, menos aparecida. Havia um outro tipo de gente também. A gente que compra arte. O que não quer dizer que entendam o que compram, mas deu um certo ar de negócio ao ambiente e certamente o perfume era de muito melhor qualidade. Para atendê-los, o serviço de bar foi bem mais farto e a imprensa convidada, apareceu.
Tem tanta coisa esquisita nas artes plásticas... Por exemplo, quando vejo as tais "instalações" sempre acho que eu estou sozinha e aquela coisa lá, quase que ameaçadora, nada me diz! Acho que os artistas plásticos ditos contemporâneos gostam de falar sozinhos. Acho que eles gostam mesmo é de falar e não de pintar, esculpir...